Mais uma música saída do forno das recentes edições que estamos fazendo e postando. Pode ser ouvida no myspace do NaLaPa . Lembrando que todo esse material foi gravado há mais de um ano atrás, portanto são fotografias daquela época. Mesmo assim, achamos importante apresentar esse material e dizer, começamos assim, foi desse jeito. Enfim, mais uma música: Doce Suicídio.
A música mais sentimental pra mim, eu a escrevi pensando numa amiga e numa situação específica, todas as vezes que a gente toca em show tenho de me segurar pra não chorar, e às vezes até em ensaios mais reais também...
É uma letra que acho, fui feliz. essa letra é tudo o que eu não pude dizer à minha amiga... com um mantra "KODOISH ADONAI TSEBAYOTH" no meio. Ali é o momento da letra e da música que adquiro forças pra dizer o que precisa ser dito, mesmo diante de tanta tristeza. o belo vindo do triste. a arte que cura.
Musicalmente é a nossa canção mais monotemática. praticamente a mesma harmonia se repete do começo ao fim, lembro que no começo, eu não conseguia tocar direito pois ela precisa de uma agilidade nos baixos que eu me complicava... Mas mesmo a harmonia se repetindo e sendo um quanto estática, a melodia vem pra mostrar todo esse desespero, essa angústia... é quase um rap, é verborrágico, é um vômito, é um choro, é tudo ao mesmo tempo... e agora.
Boa audição!
Doce Suicídio
Tomou um comprimido
Olhou pela janela e pensou
Hoje não é meu dia
Não é falta de dormir ou o alcool
É querer se sentir mais viva
Todos os amigos preocupados porém
Ninguém mais alcança essa menina
Não é derrotismo, é fato consumado
Dessa vez ela saiu sozinha
E tentou o que pôde e não pôde
Pra não verem como estava perdida
KODOISH ADONAI TSEBAYOTH
As vezes eu penso num cantinho da minha caixola
E temo no finzinho da minha mão
Que estejamos largados demais
Soltos em vão...
Sozinhos sabe?
Jogados por aí à toa
Pra lá e pra cá sem nexo
Mas não teria sentido
termos vidas tão complexas, tão cheias
e o universo ser tão bonito
ser tão infinito
com tantas estrelas
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